Diário Vermelho

Porto, 30  de Dezembro 2012


Imagen pineada
Ilustração de Jaime Zollars

Depois de ver o filme "De mi ventana a la tuya", que mexeu os ossos e a pele da minha capa vermelha, gostava de partilhar convosco um poema que escrevi há uns tempos. 


Creio em mim, Mulher Poderosa,
criadora de vida na terra.
E no grande útero da Deusas das Águas da Vida
que foi concebido pelo amor e respeito a Gaia.
Não nasci da costela de Adão,
e por isso padeci os olhares castradores do Pai,
foi crucificada, morta e sepultada,
desci ao mundo dos mortos,
ressuscitei com a Lua Nova,
não subi aos céus preferi ficar na Terra,
sentada com as minhas irmãs no circulo sagrado da vida,
tecendo a teia nutrícia das fadas.
Creio no amor,
no respeito,
na comunhão das Luas,
na remissão dos predadores de almas livres,
na ressurreição do útero,
na Vida.
Amem.

"Creio", escrito 15 de Setembro 2010

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