Diário Vermelho

Porto, 27 de Dezembro 2012

Eu sou a Capuchinho. Eu sou Vermelha. Eu sou parte de toda a Natureza. As Pedras, os Animais, as Plantas, os Elementos e Estrelas são meus parentes. Os outros humanos são minhas irmãs e irmãos, sejam quais forem as suas raças, cores, sexo, orientações sexuais, idades, nacionalidades, religiões, estilos de vida. O Bosque Terra é a minha casa.
Eu sou parte desta grande família da Natureza e tenho a minha própria parte especial para executar e eu busco descobrir e executá-la com Impecabilidade. Eu sou Vermelha. E celebro a minha natureza intuitiva e selvagem.

Todas somos a Capuchinho Vermelho quando…

Quando queremos fazer deste mundo, um mundo mais vivível.
Quando nos apercebemos que a mudança que desejamos ver no mundo esta nas nossas mãos.
Quando nos sentimos filhas de Gaia.
Quando sabemos que o patriarcado fracassou.
Quando acreditamos na horizontalidade das relações.
Quando acreditamos no sacerdócio feminino.
Quando nos atrevemos a ser diferentes.
Quando nos atrevemos a dar uma educação diferente as nossas filhas e filhos.
Quando nos atrevemos a dizer “basta” e “não”.
Quando nos permitimos ser compassivas com nós mesmas.
Quando nos atrevemos a caminhar despenteadas.
Quando admiramos e honramos a velhice e a sabedoria.
Quando não acreditamos na superioridade.
Quando sabemos que o QI não serve para muito.
Quando formamos círculos espirituais.
Quando saímos a procura das Deusas Escuras e atravessamos o Bosque Denso.
Quando choramos, nos deprimimos e nos cansamos e não escondemos esses sentimentos.
Quando honramos os nossos ciclos de mulheres que sangram, mudam, criam e transformam.
Quando aprendemos a rir de nós mesmas.
Quando adoramos ser chamadas de bruxas, pois sabemos que é o maior dos elogios.
Quando sentimos que todas as crianças do mundo são os nossos filhos e filhas.

É preciso sentir a vida… É preciso deixar que a vida te despenteie.


A FUSÃO COM A CAPUCHINHO
De cada fusão com CAPUCHINHO, nasce um fogo vivo, vermelho e quente, que vai buscar as suas forças ao Bosque-útero. Quando a mulher faz nascer todos os fogos da sua Capa Vermelha, então o corpo vermelho da sua essência intuitiva e selvagem renasce dentro dela. A mulher desenraizada desaparece e os ciclos da vida se restauram novamente.
Vamos vestir as nossas capas vermelhas e entrar no bosque. Vamos honrar o nosso conhecimento intuitivo inerente a nossa natureza receptiva. Vamos confiar nos ciclos dos nossos corpos e permitir que as sensações venham à tona dentro deles, as mulheres somos, há séculos, as portadoras da “Pestana do Lobo” capaz de ver para além do visível.
Vamos reaprender a amar, a compreender, e, desta forma, curar-nos umas às outras. Cada uma de nós pode penetrar no silêncio do próprio bosque-útero para que lhe seja revelada a beleza do recolhimento e da receptividade...


‎Seja qual for o nosso caminho... Que ele seja Vermelho… E que tenhamos a coragem de o caminhar e honrar.

9º dia: Fase pré-Ovulatória 

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